
Cresci no capitalismo do pobre, que é muito mais selvagem que o capitalismo do rico. Fui muitas vezes engolida, tragada pela força do trabalho, da exploração, do instinto à sobrevivência. Como fui forte! Como resisti a dor (da humilhação!). Resisti sim, e mantive o meu amor próprio: e fui mais forte e mais selvagem que o próprio capitalismo! Este, derrubou-me muitas vezes: mas o meu amor próprio me esbofeteou, me ergueu e me disse que eu era melhor que tudo isso!
É, devo unicamente ao amor próprio a minha vitória...
Mesmo sabendo que venci: também sei que perdi! Por isso, não há comemoração. Aprendi apenas a aceitar que o tempo, a história e as perdas são fatos da vida: e que não existe uma segunda chance...
...porque todas as chances são e serão sempre a primeira, mesmo que seja só para recomeçar.
Munique, 03.02.08
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