8/14/2005

Consciência


Eu navego na existência
de um ser paralelo,
que convive comigo,
que discute comigo,
que está presente em mim
mesmo quando tenho o desejo
de estar só.

De longos pensamentos perdidos
nas horas da noite,
faz-me cansada no dia seguinte.

Na realidade há um desajuste
entre mim e esse ser paralelo.
Estamos juntos por caminhos
opostos: quando penso no amanhã,
ele me lembra do ontem e
de tudo o que passou.

Esse ser paralelo é a minha
própria consciência.

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