9/17/2006

Velhice?!? Quem, eu?!?


Envelheço desesperadamente...

Todos os dias vejo-me outra: outra face, outro olhar,
outro sorriso, outro penteado, outro corpo, outro cansaço!

Tento ignorar, fingir que não é comigo, mas só eu sei que
minha pele já não carrega o frescor e a beleza da juventude!

Quem se desespera? Eu ou a velhice que vem a mim?
Sim, ela também se desespera à espera da minha entrega.
Não, ainda não!

Aonde estão todos os meus cremes, minhas revistas?
Cadê os endereços dos spas e esteticistas?
Os cirurgiões plásticos?

Desesperadamente procuro travar o relógio...
Que dia é hoje? Qual o ano que estamos?
Não sei e não quero saber!

Não perguntem a minha idade: sou mulher madura!

Aonde estão os meus cremes? Todos os meus cremes?

9/08/2006

Dança sem ventre



Experimentou ficar de barriga de fora,
num jeans sem cintura.
Experimentei tesão.

Um dançar único,
com jeito de trepada.
Tivesse o ventre nú seria perfeito.

No meio da dança,
no meio de todos,
ajoelhar-me e beijar seu umbigo.

(Escrito por Rotsen Alves Pereira em 1999
e dedicado à Mulher-in-visível).

9/02/2006

Rio ISAR...



Meu nome completo, de nascida, tem as iniciais de um rio da Alemanha chamado ISAR.

Ainda pequena, na infância, o meu livro de banheiro preferido era o Atlas (diga-se de passagem, sempre gostei muito de mapas). Lá, o nome desse rio chamava sempre a minha atenção: ISAR! Uma linhazinha azul, perdida no mapa, tão pequena, mas estava lá as minhas iniciais: ISAR.

Anos mais tarde (mais de 20 anos mais tarde), vim a viver e conviver com o ISAR (lado-a-lado, todos os dias). Sei que existe uma ligação: foi um rio predestinado ao meu encontro!

Eu e o rio,
eu como o rio,
eu quando rio,
eu força do rio,
eu ISAR,
rio ISAR.